O Momento Atual da Economia e da Política Brasileira
José Geraldo abriu o encontro
O SITRAMONTI-MG (Sindicato dos Trabalhadores em Montagens, Manutenções e Prestação de Serviços nas Áreas Industriais e Eletromecânica em Expansão de Usinas de Minas Gerais), com apoio da FENATRACOP (Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada), promoveu o evento intitulado "O Momento Atual da Economia e da Política Brasileira".
A abertura coube ao presidente do SITRAMONTI-MG, José Geraldo Domingues, que deu as boas-vindas a todas as pessoas presentes e ressaltou a importância do evento para consolidar a aproximação do sindicato com a sociedade e de proporcionar informações importantes e atualizadas sobre o que está acontecendo no mundo da política e da economia brasileira.
A abertura coube ao presidente do SITRAMONTI-MG, José Geraldo Domingues, que deu as boas-vindas a todas as pessoas presentes e ressaltou a importância do evento para consolidar a aproximação do sindicato com a sociedade e de proporcionar informações importantes e atualizadas sobre o que está acontecendo no mundo da política e da economia brasileira.
José Geraldo apresentou os palestrantes, o mediador e chamou o primeiro, Marcelo Figueiredo, técnico do DIEESE, para discorrer sobre política.
Donald Trump é eleito nos USA
Marcelo iniciou a palestra falando sobre a eleição de Donald Trump, nos USA, destacando o protecionismo do presidente eleito, que pode complicar a exportação de produtos do Brasil para os norte-americanos, principalmente de ferro e aço. Acrescentou que Joe Biden saiu e Kamala Harris não foi eleita por que o governo da qual ela fez parte, como vice-presidente, não apresentou bons resultados na economia.
Quanto ao Brasil, Marcelo falou que o país tem estabilidade de preços, inflação controlada e política balanceada, mas a taxa de juros alta encarece e desestimula investimentos externos, além de os orçamentos do governo pagar juros altíssimos e, por isso, todas as últimas gestões tiveram problemas fiscais.
Quanto ao Brasil, Marcelo falou que o país tem estabilidade de preços, inflação controlada e política balanceada, mas a taxa de juros alta encarece e desestimula investimentos externos, além de os orçamentos do governo pagar juros altíssimos e, por isso, todas as últimas gestões tiveram problemas fiscais.
Emprego com Qualidade
Em seguida o técnico do DIEESE falou sobre o Emprego com Qualidade: o trabalhador valorizado pelas negociações coletivas, com ganho real e ter o piso valorizado em relação ao salário mínimo: “O maior desafio dos sindicatos é distanciar o piso da categoria representada do salário fixado pelo governo”, afirmou.
Nesse aspecto, Marcelo ressaltou que um trabalhador com dois filhos deveria receber pelo menos três cestas básicas, pois, segundo ele, cada cesta é para alimentar uma pessoa. Nesse ponto, vale destacar as intervenções do Sr. Ariovaldo, diretor jurídico e de controladoria da empresa PAREX, e do mediador, Dr. Saulo, coordenador do departamento jurídico do SITRAMONT-MG.
Nesse aspecto, Marcelo ressaltou que um trabalhador com dois filhos deveria receber pelo menos três cestas básicas, pois, segundo ele, cada cesta é para alimentar uma pessoa. Nesse ponto, vale destacar as intervenções do Sr. Ariovaldo, diretor jurídico e de controladoria da empresa PAREX, e do mediador, Dr. Saulo, coordenador do departamento jurídico do SITRAMONT-MG.
Debate importante
Ariovaldo (imagem) elogiou a iniciativa do SITRAMONTI-MG e afirmou que esses encontros servem como um momento de desabafo sobre o sistema capitalista brasileiro e mundial: “Hoje, alguns setores das indústrias estão até importando ajudantes de obras e esse fato encarece muito o salário final do trabalhador, pois é alto o custo de importação da mão de obra”.
Em outro momento, ele destacou que o Brasil não tem controle e gestão dos gastos públicos e que é de suma importância regular os gastos da máquina pública, incluindo os custos dos Três Poderes, e que esse fator poderia influenciar positivamente em todos os demais setores empresariais da sociedade.
Já o Saulo, citou Darci Ribeiro para dizer que o Brasil não tem um projeto de nação e que, complementando a fala do Ariovaldo, arrematou: “Não seria melhor e menos dispendioso pagar um salário mais justo para a mão de obra brasileira?”.
Em outro momento, ele destacou que o Brasil não tem controle e gestão dos gastos públicos e que é de suma importância regular os gastos da máquina pública, incluindo os custos dos Três Poderes, e que esse fator poderia influenciar positivamente em todos os demais setores empresariais da sociedade.
Já o Saulo, citou Darci Ribeiro para dizer que o Brasil não tem um projeto de nação e que, complementando a fala do Ariovaldo, arrematou: “Não seria melhor e menos dispendioso pagar um salário mais justo para a mão de obra brasileira?”.
Mais intervenções da plateia atenta
Antes de o Marcelo finalizar a palestra, Roger dos Santos (destaque na imagem), funcionário do SITRAMONTI-MG, citou a falta de nacionalidade e o complexo de vira-lata, expressão criada pelo jornalista Nelson Rodrigues para se referir à tendência brasileira em se colocar em posição de inferioridade em relação ao resto do mundo, além de adotar datas comemorativas de outros países, menosprezando a nossa cultura e personagens como o Saci-Pererê, a Mula-Sem-Cabeça, Iemanjá, dentre tantos outros.
Mudanças Climáticas
Marcelo também respondeu a uma pergunta do Saulo: “Qual é o impacto das variações climáticas nos custos da cesta básica?”.
A resposta foi bem categórica e desafiadora para os governos: “A seca prolongada e as chuvas de muita intensidade podem ter um impacto enorme na produção dos alimentos e no custo final para toda a população de modo geral”.
E finalizou: “Precisamos ter mais políticas de abastecimento com estoque regulador para evitar surpresas”.
Café com Pão de Queijo
O presidente do SITRAMONTI-MG, José Geraldo, anunciou um breve intervalo para um café e, em seguida, anunciou João Batista Mares Guia para a próxima palestra sobre economia!
Batista iniciou falando sobre a taxação das heranças e das grandes fortunas nos USA, no sentido de que é importante fazer o que dá certo em outros países, pois esses impostos podem ser redistribuídos para a sociedade em forma de benefícios sociais, como, por exemplo, financiar instituições de saúde e de educação.
Batista iniciou falando sobre a taxação das heranças e das grandes fortunas nos USA, no sentido de que é importante fazer o que dá certo em outros países, pois esses impostos podem ser redistribuídos para a sociedade em forma de benefícios sociais, como, por exemplo, financiar instituições de saúde e de educação.
Aula de História
João Batista deu uma aula de história e reportou a importância dos sindicatos e as suas grandes conquistas para os trabalhadores no mundo, incluindo, no Brasil, a contribuição decisiva dessas entidades para o fim do AI5, durante a Ditadura Militar, época em que ele foi preso e torturado por “crime de opinião”.
Batista falou que, com as novas tecnologias e o home-office, o mundo do trabalho não existe mais; "O chão de fábrica ficou para traz, mas, ainda assim, apesar da impessoalidade das relações aumentar a cada dia, contribuindo para deteriorar a sociedade, só a boa política pode melhorar essa complexa rede de ideias".
Batista falou que, com as novas tecnologias e o home-office, o mundo do trabalho não existe mais; "O chão de fábrica ficou para traz, mas, ainda assim, apesar da impessoalidade das relações aumentar a cada dia, contribuindo para deteriorar a sociedade, só a boa política pode melhorar essa complexa rede de ideias".
Lutas de Classe e a Redemocracia
João também ressaltou que as lutas de classe no Brasil contribuem para a redemocratização, mas não é exatamente uma revolução.
Ainda, complementou que a ideologia e os valores decidiram a eleição norte-americana pela contaminação da sociedade com o ódio: ”Fizeram do ódio uma virtude“, finalizou.
"Refundar a Humanidade”
O mediador Saulo ainda tomou a palavra e passou no telão o Papa Francisco discorrendo sobre a corrupção, muito comum na política brasileira e um dos fatores que compromete a nossa economia.
“A palavra corrupto, cor-rupto, recorda o coração rompido, partido, manchado por algo, arruinado. A corrupção revela uma conduta antissocial tão forte que dissolve a validade das relações e dos pilares sobre as quais se constrói uma sociedade. Por isso, a resposta, a alternativa, não está só nas normas, mas em um `novo humanismo´. Refundar a humanidade”.
Agradecimentos Finais
José Geraldo finalizou o encontro entusiasmado pela excelente qualidade das intervenções e debates.
Agradeceu as presenças e prometeu novos encontros com temáticas importantes para o trabalhador, para a trabalhadora e a sociedade.
O evento foi realizado neste 06 de novembro de 2024, no auditório da sede do sindicato, localizada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.